Imagens são portais
O desejo surgiu quando li na Mandala Lunar de 2017 um convite para fazer um autorretrato com sangue menstrual. Acontece que essa possibilidade despertou um outro desejo. E se eu despejasse o sangue do coletor e deixasse ele fazer o seu caminho, enquanto eu guiava os movimentos de forma intuitiva, deixando ele se desenhar na folha? E é o que eu venho experimentando às vezes desde 2017. Não fiz em todos os meus ciclos, mas no ano de 2019, foi um dos momentos de maior conexão e entrega para esses momentos. Esse processo tem me acompanhado desde 2017, de diferentes maneiras e sempre despertando novos desejos. Hoje, tenho criado a partir da escrita intuitiva relações entre os portais imagéticos e os portais da escrita. Hoje, tenho desejo de compartilhar essas imagens. Vontade de compartilhar esses possíveis portais de cura, criação e acesso ao inconsciente com outras pessoas. Como essas imagens chegam nos outros? Que portais são abertos, que caminhos do inconsciente são trilhados, que desejos são despertos?
O sangue menstrual sendo nossa conexão com o arquétipo da Bruxa, é a representação da mulher que sabe, a sábia anciã. Toda a sua força de criação, conexão e cura está potencializada pela sua sabedoria antiga e por sua conexão com os mundos visível e invisível. No período menstrual nossas potencialidades estão na intuição, enxergar o que queremos na vida, sensibilidade para ouvir as mensagens do próprio corpo, curar o emocional, restaurando nossas energias nos desprendendo do passado. Tendo essa fase do ciclo uma energia mais voltada para o espiritual e o psíquico, com uma abertura maior para o inconsciente, olho para o caminho que o sangue desenha no papel e me questiono, o que isso vem pra me dizer? Me conecto com o caminho que o sangue sentiu em fazer como um oráculo.
São 14 artes diferentes com seus textos respectivos.
À baixo, compartilho um dos textos:
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